segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Ditadura Criminosa


Em jogo, a História



A Câmara dos Deputados aprovou (21/9) o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade, para investigar as violações de direitos humanos cometidas pelo Estado brasileiro entre 1946 e 1988. A aprovação da Comissão da Verdade é histórica. Os governos democráticos no período pós-Constituição de 1988 deram passos importantes nesse sentido. Estamos falando de um período em que a perseguição, a tortura, a censura e até a morte de opositores eram práticas de Estado.


 O presidente Fernando Henrique Cardoso criou, em 1995, a Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e, em 2001, a Comissão de Anistia. O presidente Lula ampliou o conhecimento de documentos até então sigilosos e enviou ao Congresso os projetos de lei de acesso à informação e da Comissão da Verdade.
A maior grandeza dessa pauta é o fato de ela não dividir governo e oposição. A Comissão é defendida por todos que valorizam a democracia como uma conquista. Exemplo disso foi o encontro que tivemos com os seis ex-ministros de Direitos Humanos e o manifesto de apoio com assinatura de 300 artistas e intelectuais.
O povo brasileiro tem o direito de conhecer sua história e o Estado brasileiro tem o dever de informar aos familiares dos mortos e desaparecidos o que de fato aconteceu.
A Comissão da Verdade poderá requisitar informações e documentos de órgãos do poder público, ainda que sigilosos. Também poderá convocar pessoas para prestar esclarecimentos. Essas informações se somarão ao material produzido pela Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, pela Comissão da Anistia, pelos observatórios do Direito à Memória e à Verdade e pelos comitês de apoio da sociedade civil.
Temos, portanto, uma oportunidade única de nos somarmos aos mais de 40 países que viveram períodos ditatoriais e criaram suas comissões da verdade, sem que isso tenha representado um abalo institucional. O que está em jogo é a garantia do direito à memória, o legado do conhecimento e a responsabilidade de evitar que violações de direitos humanos como essas voltem a ocorrer.

* Maria do Rosário é ministra-chefe da Secretaria de Direitos HUmanos da Presidência da República

Para Variar

A flor de girassol, em floreira, na frente da nossa casa. 
Rua Rio Branco, 0130




Daquele Jeito


Descaso da prefeitura 
ou desleixo do povo?

Bom dia, segunda-feira brava.

Gostaríamos de iniciar a semana falando de coisas boas como por exemplo que a JBS/Friboi, nas prometidas 72 horas, readmitiria 200 funcionários. Mas tanto no centro quanto na periferia as coisas estão daquele jeito. Saímos pelo inacabado anel viário e nos deparamos com cavalos “chupando manga”, em terreno baldio onde também se deposita, inadequadamente, galhadas, sofás velhos e outras espécies de lixo. 

Subimos a rua Recife e vemos, em seguidas quadras (4, 5 e 6), o desleixo. Empresas que trabalham nas calçadas e ruas, carros velhos abandonados, troncos de árvores que foram abatidas. Não nos restam alternativas. Temos que registrar, oferecendo o desconto de que na semana passada, por força de um temporal, as galhadas aumentaram. Mas, e quando não tem temporal?  Não é só a prefeitura que tem que cuidar. A população também precisa, e deve, colaborar.