quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Politica

Divisor de Águas
Quando a Oposição virou o jogo
*Gui Duque

Para nos situarmos em espaço e tempo: Presidente Epitácio, vamos focar as duas últimas gestões da família Bergamo (1997/2000 * 2001/2004), nas quais  o prefeito  eleito e reeleito, foi Adhemar Dassie.  Numa câmara de 15 cadeiras, a Oposição elegeu cinco vereadores em cada legislatura correspondentes aos mandatos executivos em tela. Na  primeira  gestão de Dassie, os vereadores de Oposição eram: Alda Catarina Garcia Schineidewind , Daniel Sebastião da Silva e Moisés Sebastião da Silva, Olivia Helena Avalone Pires e Amilton Martins, que substituiu a professora Dilse do Amaral Freire, que teve seu mandato cassado. Na segunda gestão, a Oposição contava com o mesmo número de vereadores; eram eles: Antônio Quirino da Costa, Daniel Sebastião da Silva, Vitalino Antonio Bosso Cabanilha, José Rodrigues (Bataguassu) e Deusdedith Alves.
Capitulo à parte
Entendemos que a disputa eleitoral da época passava pelos interesses da Cesp.
Durante os oito anos que Dassie ocupou o cargo de prefeito, a Cesp derramou milhões de reais no município (obras compensatórias, mitigatórias e indenizações), por conta do impacto provocado pelo enchimento do reservatório da UHE “Sérgio Motta”, a hidrelétrica ou usina de Primavera.  Foi a época de ouro de Presidente Epitácio e que, do meu ponto de vista, enriqueceu meia dúzia de pessoas em detrimento de ilhéus e ribeirinhos. Eles, realmente impactados, receberam indenizações “mixurucas” e outros, até hoje,nada receberam. 
Regimento
Para fiscalizar supostos desmandos, luxurias e farras pagos com dinheiro público (Cesp/Prefeitura), a Oposição precisava instaurar CPIs - Comissões Parlamentares de Inquérito - muito comuns na época.  O Regimento Interno da Câmara epitaciana diz que para protocolar o pedido de CPI são necessárias assinaturas de cinco (5) vereadores. Isso a Oposição tinha. Mas para aprovar o tal pedido e realizar a investigação, eram necessárias assinaturas da maioria simples (50% + 1), ou oito(8) assinaturas. Por fim, para cassar o mandato do investigado (prefeito ou vereador) eram necessárias assinaturas de 2/3 dos vereadores, ou dez (10) assinaturas. Era impossível investigar qualquer atitude suspeita.
Divisor de Águas
Pois bem, vamos discorrer sobre o ponto  que culminou com a derrota da família Bergamo nas eleições de 2000. Aconselhado  por amigos, Sidnei Caio da Silva Junqueira , o “Picucha”, então vereador pela Situação, decidiu passar para o lado da Oposição, tendo em vista que o grupo político do qual fazia parte estava em decadência. Veja agora o importante papel de “Picucha”. Ele e mais cinco (5) vereadores da Oposição (agora 6), assinaram o pedido de CPI para investigar empresa de dedetização contratada pela Prefeitura para prestar serviços em escolas e em outros próprios municipais.
Estrategicamente, a mesma conversa sobre a decadência e o fim da oligarquia Bergamo, foi feita com os vereadores Carlos Roberto Martins (Robertão) e Frank celestino de Oliveira (Frank Bala), da base da Cesp e que votavam com a Situação. Eles vieram para a Oposição e, com oito assinaturas, (50 %+1), estaria aprovada a CPI da Dedetização, em 2003.
 Agora, com oito vereadores, a Oposição poderia abrir qualquer gaveta da prefeitura, ainda que não pudesse cassar o prefeito, o que só seria possível com dez vereadores. Mas ficaria sabendo de tudo que lhes interessasse e poderia fiscalizar melhor as ações do Executivo, que é obrigação do Legislativo. Fechando: em 2004, José Antônio Furlan (PR), vence as eleições para prefeito pondo fim a era Bergamo. Em 2008 reelege-se. Mas não foi só a CPI da Dedetização que fez “murchar” o poderio da família Bergamo. Esta é apenas uma das muitas investidas da Oposição que na época contava com importantes parceiros.

Gui do PT

Recebi este cartão do Edinho Silva, presidente Estadual do PT. Através dele, eu e meus familiares, disseminamos nossos votos de Boas Festas ao povo epitaciano.
Gui Duque & Eliane 
David Lucas e Lieni 

Corrupção

O ninho sujo dos "Tucanos" (PSDB)

http://www.youtube.com/watch?v=V14fyWK9Cnc&feature=share

Clique no link acima e assista a entrevista concedida pelo jornalista Aamary Jr. á Paulo Henrique Amorim (Record), sobre o livro  A Privataria Tucana. Reflita se isso não pode ocorrer em municípios, mantidas as devidas proporções financeiras.
Quem em Epitácio, por exemplo, seria capaz de desenvolver e colocar em prática um esquema desse porte?