quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Títulos de Domínio

Quantos foram concedidos?
De uns dias para cá a saudade me levou a pensar sobre quantas pessoas conheço em Epitácio. Onde elas moravam, se possuíam imóveis e para quem teria ficado o legado deles. Então resolvi procurar um advogado e com ele estamos elaborando requerimentos mais ou menos assim: que nos sejam fornecidas as cópias de todos os Títulos de Domínio concedidos pela prefeitura de Epitácio desde o dia 1º de janeiro de 2005, até a data deste requerimento.
Depois, iremos ao Fórum local para ver, também, quantos pedidos de usucapião tramitaram e ainda tramitam nas duas Varas de Justiça deste município. 
De posse desses documentos, pretendemos recorrer aos cartórios de Registro de Imóveis para saber em nome de quem estão estes imóveis.
O saudosismo, a lembrança das pessoas humildes que moravam por aqui me comove. É em nome da nobre recordação, (só por isso), que vamos atrás dessa documentação. Quem souber de alguma coisa nesse sentido, por favor, comente aqui no blog.

Resíduos da Ditadura

Bem-vindo padre Vito Miracapillo!
Por José Dirceu - Nossa torcida para que o senhor concretize o sonho confessado nessa sua 1ª missa da volta - um sonho que, como o senhor anunciou, acredita ser uma das missões terrenas da Igreja: "Sempre acreditei que a Igreja e o trabalho pastoral ajudassem a política a ser justa e a saber distribuir as riquezas do país".
Gui do PT - Recordo-me que aos 20 anos de idade, estudando em Santos, li em faixas e cartazes nas passeatas de protesto a repugnante frase: “Padre Vito Miracapillo, expulso do País, contra a vontade do povo”. Era obra da truculenta Ditadura Militar imposta pelos que não conseguiam o poder pelas vias democráticas. Este foi mais um dos episódios brutais que contribuíram para minha caminhada na militância da Esquerda Socialista. Ele está de volta. A esperança, mais uma vez, vence o medo. 
Bem-vindo padre Vito Miracapillo, nessa nova volta, agora definitiva, à sua gente de Ribeirão (PE), ao povo que o senhor escolheu servir há muitos anos e de quem a ditadura militar o separou truculentamente em 1980 quando o expulsou do Brasil.
Naquele ano o senhor, italiano de nascimento, se negou a celebrar no 7 de setembro a missa da independência encomendada em sua paróquia de São Pedro e São Paulo - na igreja que o senhor construiu - pelos usineiros de Pernambuco.
De acordo com sua consciência, o senhor achou que não podia atribuir esse caráter àquela missa, já que o povo, sob o jugo da ditadura, não era independente. Respondeu, então, a processo enquadrado na Lei de Segurança Nacional (LSN) do regime militar e foi expulso do Brasil.
Não sem antes enfrentar a violência dos senhores de engenho pernambucanos que mandaram jagunços invadir sua igreja, tomar-lhe o microfone e cortar o sistema de som pelo qual era transmitida a missa comum que o senhor celebrava.
Sua expulsão foi revogada em 1993 pelo presidente Itamar Franco, mas até este ano o senhor só conseguia voltar ao Brasil como turista, situação mudada agora quando obteve a volta definitiva para trabalhar. No último dia 3, o senhor celebrou sua primeira missa da volta ao Brasil, em sua paróquia de São Pedro e São Paulo.
Nossa torcida para que o senhor concretize o sonho confessado nessa sua 1ª missa da volta - um sonho que, como o senhor anunciou, acredita ser uma das missões terrenas da Igreja: "Sempre acreditei que a Igreja e o trabalho pastoral ajudassem a política a ser justa e a saber distribuir as riquezas do país".