O ato heroico de “Picucha”
*Por Gui Duque
Quando a turma da “Certeza de Mudança” ambicionava chegar
ao poder municipal, em Presidente Epitácio, o “Picucha” foi tratado como herói, pela demonstração de
coragem ao romper com o grupo que, há duas décadas, administrava o município. Primeiro,
vieram Carlos Roberto Martins, o
“Robertão” e Frank Celestino de Oliveira, o “Frank Bala. Na época, eu
trabalhava no jornal “Correio do Porto”
e acompanhava, religiosamente, as sessões na Câmara. Presenciei as investidas frustradas da Oposição quando se
tratava de investigar ações suspeitas da administração do então prefeito Adhemar Dassiê (PSDB). O “vale tudo”
para afastar aquele grupo da prefeitura passava, estrategicamente, pelo
Legislativo. Naquela Casa, a Oposição contava com cinco vereadores; a Situação,
com dez. Para pedir uma CPI eram
necessárias cinco assinaturas, um terço do número de vereadores. Isso a
Oposição tinha. Mas para aprovar o pedido e instalar a Comissão Processante,
eram necessárias oito assinaturas, maioria
simples. E para aprovar o relatório
final, cassar prefeito ou vereador eram necessários dez votos, maioria absoluta. Assim, convenceram o “Picucha” a entrar com o pedido
de CPI. O mesmo ocorreu com “Robertão” e “Frank Bala”, na hora da votação do
pedido para instalação da CPI da Dedetização. A Oposição, pela primeira vez em duas décadas,
contava com maioria simples na Câmara. A
atitude de “Pichucha”, do meu ponto de vista, foi o divisor de águas na
política epitaciana, tendo em vista que a partir daquele momento, a Oposição
ganhava musculatura para a disputa de 2004. Meu texto é simples para facilitar
a compreensão dos leitores e eleitores.
Mas tem muito mais assunto sobre o caminho percorrido pela “Certeza de
Mudança” rumo ao Paço municipal.