sexta-feira, 23 de setembro de 2011



                         Saudade




Boa Noite




Saudade dentro do peito
É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.

Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.

Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
É um grande saco cheio
Daquilo que já passou.

Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente.

A saudade é jardineira
Que planta em peito qualquer
Quando ela planta cegueira
No coração da mulher,
Fica tal qual a frieira
Quanto mais coça mais quer.

Patativa do Assaré
(Antônio Gonçalves da Silva)

 

Ferrovia

Pressa, dinheiro, emprego e viabilidade

A Estrada de Ferro Sorocabana foi feita para desenvolvimento de região e não para transporte de grãos. Seu traçado sinuoso torna o transporte de carga moroso, custoso além de que, por vários motivos, não atenderia demanda de escoamento de safra.
Lá pelo ano de 2002, pelo jornal “Correio do Porto,” entrevistei um ferroviário aposentado, Sr. Ludovico Spiguel, que nos alertou quanto á inviabilidade da ferrovia. Na época, ele observou que “o mundo tem pressa e fome”. Disse que antigamente, se transportava madeira, gado e passageiros. Melhoramos o raciocínio do Sr. Spiguel. Com o surgimento da agricultura comercial, iniciou-se o transporte de grãos como trigo e soja que chegavam ao Pres. Epitácio por vias fluviais. Naquele tempo não existiam estradas duplicadas (quatro pistas), a capacidade de carga dos poucos caminhões eram para, no máximo, 18 toneladas. Com o sucesso da soja, a área de cultivo foi ampliada, as fazendas construíram silos e armazéns. Surgiram carretas graneleiras, as estradas melhoraram. Depois, vieram a internet, os containeres e  os bi-trens. Produtores se conectaram ao mundo e as bolsas de valores em tempo real. Hoje eles têm escritórios, com ar condicionado e outros confortos, dentro da propriedade. Via internet contratam, no mundo todo, negócios, transportes, (caminhões e navios), de acordo com o volume daquilo que pretendem vender.
A frota brasileira de caminhões emprega muita gente em seus vários seguimentos. Desde a fabricação de peças, pneus, parte elétrica até a manutenção em cidades e na beira das estradas.
É inviável usar a ferrovia no transporte de grãos, principalmente cereais de exportação.



Farol da Euforia

                                                                                




Com a construção do Farol de Navegação, Presidente Epitácio deverá entrar para o Guisness Book, o livro dos recordes, como a cidade que construiu a maior obra inútil do planeta, quiçá, do universo. Argumentar que a construção de um Farol de Navegação é bom para o município seria tratar as pessoas como burras; subestimar a inteligência da população. Que venham a público defender a “brilhante idéia”; tragam seus secretários acadêmicos e pós-graduados. O farol da barra, em Fortaleza – CE, o Farol do Porto, em Portugal, têm história, são seculares. O que falar do farol de Epitácio? Tem gente que não toma laxante com receio de que a cabeça venha a murchar. Aposto que até o “oleiro”(secretário municipal de Obras), já ouviu falar em georreferenciamento. Afinal, a prefeitura gastou uma fortuna (Recursos do Governo Federal), para georreferenciar o município. Sabemos como foram feitas a escolha da empresa contratada, a execução do serviço e até os pagamentos.
A euforia pela construção do farol de navegação, na orla fluvial da estância, representa a decisão de jogar R$ 3.500.000,00, dinheiro do povo, nos “ralos”, incluindo-se o da corrupção. Se erradicar um pé-de-cedro cinqüentão é crime (eles mataram a árvore), o que seria desperdiçar uma fortuna para edificar um “elefante branco” á beira do lago em detrimento de tantas prioridades sociais. Educação, Saúde, Moradia e Emprego são apenas algumas das áreas às quais esse dinheiro poderia ser destinado. Só para ilustrar, quantos dependentes químicos poderiam ser tratados com R$ 3.500.000,00? Quantas árvores poderiam ser plantadas? A única equação que não queremos efetuar é esta: 15% de 3.500.000,00 = 525.000,00. A conta é feita por empreiteiros e servidores públicos.
O Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias – DADE -, autarquia do governo de SP, deve ponderar sobre jogar dinheiro público “água abaixo”. Existem, no município, tantas outras situações turísticas que atreladas á ações sociais poderiam ser contempladas com esse dinheiro. Mas, ao que parece, a preferência por jogar dinheiro do povo no lixo para beneficiar meia dúzia de abastados deve prevalecer. Com isso, a indignação popular deverá ser expressa nas eleições do ano que vem.



Extrema Unção da JBS Friboi
Desespero para 2012


Há um aspecto de “DEUS NOS ACUDA” no semblante dos atores políticos epitacianos, principalmente dos que estão á frente da administração municipal. Aqueles que visam reeleição ou o continuísmo. É o desespero solidário pela causa dos trabalhadores, eleitores e contribuintes, consumidores, demitidos pela JBS Friboi? Pode ser. No comércio o “frisson” é visível e não se descarta a possibilidade de demissões. Afinal, são mais de R$ 200 mil/mês que deixarão de circular no município. Mas é no nos olhos dos políticos que se lê: “2012 vem aí”. A grande maioria das pessoas com as quais converso sobre o fechamento do frigorífico, falam em reavaliar a escolha de candidatos antes de definir seus votos para as eleições de 2012. Um radialista, amigo nosso, disse que o prefeito teria sido vaiado na manifestação da ponte. Não tem como deixar as eleições de 2012 fora desse contexto. Isso é bom, porque tem muita gente, de terno, “acunhando a enxada” na tentativa de “salvar a lavoura”: as eleições do ano que vem. Se preferir a linguagem do futebol e do cantor e compositor Belchior: “estavam mais angustiados do que o goleiro na hora do gol”. Sem, maldade, é o goleiro vendo aquela bola entrar, lentamente, bem no cantinho, aos 48 minutos do segundo tempo. Desesperados apelam. Nas manifestações, pousam de solidários ao lado dos demitidos. Essas imagens podem aparecer nas campanhas. “Eu estava lá, com vocês”- dirão. Estar lá na hora da extrema unção, para tirar fotografia, não resolve. Cuidado com o gol contra. E que Deus nos salve das administrações interioranas que planejam, maquiavelicamente, “cortar a corda do pescoço do povo”, somente às vésperas de eleições. Que venham as alternativas, boas idéias, soluções criativas. Elas serão necessárias e vitais às famílias dos desempregados. Mas não digam que a culpa é do governo federal.  O estado do Mato Grosso do Sul, por exemplo, “vai muito bem, obrigado”. De quem é a responsabilidade?

Saneamento
Sabesp não termina tarefas


Onde efetua reparos ou instala novas ligações a contratada da Sabesp (terceirizada), deixa buracos e valas nas ruas. Quem deve tapar esses buracos e recuperar a pavimentação? A quem recorrer quando um veículo sofre avarias por cair nesses buracos e valas?
A população já não agüenta mais tantos transtornos, constrangimentos e riscos provocados pelos descasos da Sabesp. Os buracos e valas permanecem abertos por semanas e até meses. Quando arrumam, o fazem com qualidade ruim. Assim não dá. Pres. Epitácio paga uma das maiores taxas de água do Estado. Isso, possuindo uma das maiores fontes do liquido vital: o grande lago, reservatório da UHE “Sergio Motta”, ou rio Paraná. 

Morro contente

“não me calo e não me deixo calar”

Querem me amordaçar. Usar algo para me impedir gritar ou falar.  A mordaça é usada na boca e pode sugerir também um ato de dominação para quem a coloca e de submissão á quem é amordaçado. Pode ser usado pano, fita adesiva ou qualquer coisa que mantenha a boca tapada. Usa-se, também, em certos casos, a filosofia de matar de fome ou apartar para morrer a pão e água. Á essa última, resisto como a maioria do povo brasileiro. Não desisto nunca.
Nos sentidos político e figurado, até entre “companheiros”, a palavra mordaça tem o significado de intimidar, fazer alguém calar a boca; não falar o que sabe; enfim, não expor a verdade.
Outro método de intimidar, ás vezes empregado, é a conhecida “queima de arquivo”, pelo qual matam a pessoa que sabe algo para que a mesma não revele o segredo.  Olha que sei de coisas cabeludas e não posso morrer antes de salvar minha gente, até do fogo amigo.
Contra tudo isso, existe Deus e a coragem do homem de bem.
É assim que, usando o teclado do computador, com satisfação, levo aos meus leitores a verdade, a pêlo. Não me intimido porque acredito na evolução da espécie humana e confio que a democracia pode me salvar dos algozes sinistros e rudes.



Política Fiscal

Manifesto do PT chega as 1.000 assinaturas




Em apenas cinco dias de ação o Manifesto Popular do PT, consegue mil assinaturas. Terça-feira, (20), a coleta de assinaturas foi no bairro do Alto do Mirante Um. Dirigentes do partido solicitam apoio da população para alcançar a meta de 10 mil assinaturas em Epitácio e 100 mil na região. Nas outras cidades, mais de 30 diretórios petistas também se engajaram na luta. O abaixo-assinado exige mudanças na política fiscal praticada pelo governo do PSDB, no estado de São Paulo provocando vários problemas socioeconômicos, principalmente, nos municípios fronteiriços aos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. É a chamada “Guerra Fiscal” que inviabiliza a instalação e provoca fechamento de empresas na região. Preteridos pelos empreendedores por causa dos altos custos tributários os municípios dessas fronteiras ficam com saldo negativo nas questões do emprego e arrecadação. “A conseqüência disso – avalia o PT epitaciano -, é o aumento da pobreza na região. Com a miséria vem o crime, o álcool, a droga a degeneração da família. O pai perde a autoridade e a dignidade quando não consegue sustentar a família”- afirmam membros do partido. 




Agradecimentos aos jornais O Imparcial, Oeste Noticias e Orinho.com, exemplos de cidadania, nessa luta...
Manifesto do PT faz efeito
Gui Duque e Nedi Amaral, colhendo assinaturas no comércio




















Ações populares e dos poderes constituídos de Presidente Epitácio, fazem governo do estado de São Paulo (PSDB), ceder e admitir redução de aliquotas sobre industrialização da carne. Uma das formas de pressionar o governo "Tucano" foi lançada na região pelo Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Pres. Epitácio, através de Manifesto Popular - Abaixo Assinado - a favor de mudanças na política fiscal praticada pelo PSDB em São Paulo.  O PT epitaciano mobilizou mais de 30 diretórios municipais na região afim de  colher 100 mil assinaturas no documento. Existe ainda, a modalidade on-line de coleta de assinatuiras que alcança a juventude, facilitando e acelerando o processo.
Enquanto isso, os poderes Executivo e Legislativo municipais, com apoio de deputados, acirraram a pressão colocando as reivindicações dos trabalhadores e do município sobre a mesa dos governos estadual e federal. Como resposta do governo de SP veio a proporsta de redução de aliquotas e devolução de parte dos impostos pagos pela empresa JBS/Friboi, causa central da mobilização.  
Fechamento
O fechamneto da unidade epitaciana da JBS/Friboi foi o epicentro das mobilizações. O encerramento das atividades do frigorífico em Pres. Epitácio provocou a demissão de 1.375 trabalhadores diretos e as demissões indiretas devem aumentar a estatística. O prejuizo para o município pode chegar a 40% da arrecadação , o que inviabilizaria a atual administração e complicaria as próximas gestões. "Todos, independente de cor, credo, raça, religião, sexo ou partido político, estão mobilizados  na luta pela manutenção dos empregos dos trabalhadores epitacianos. Cada um, dentro da sua capacidade, luta pela retomada das atividades da JBS/Friboi"- dizem membros do PT de Epitácio. "Ja recebemos moções de apoio do Piaui,do Acre, da Bahia, do Paraná e de tantos companheiros. Agradecemos a todos e bradamos: a luta continua companheiros" - encerra o PT.