terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Aniversário do Ano



Felão, 60 anos: mito, lenda e folclore
Ele está completando 60 anos hoje,  dia 3 de janeiro. É sempre reconhecido por alguém na grande maioria das cidades da região e em outras tantas localidades do Estado e do País.
Falamos de Sergio Mauricio Xavier,  o “Felão”. Nasceu  em Porto Tibiriça, distrito de Presidente Epitácio, vila onde residiam funcionários do Serviço de Navegação da Bacia do Prata, autarquia extinta do Ministério dos Transportes.  É filho dos pioneiros, comandante Maurício Xavier Duque e Maria Pesqueira da Cruz Duque; teve mais cinco irmãos. +Bertinho, Jacy, +Jandira, +Curimba e Olegas. O apelido de “Felão” veio aos 6 anos de idade ao ser atropelado por uma charrete, quando andava pelo pacato distrito de Porto Tibiriça. O charreteiro era ninguém mais do que seu Felix, o robusto, senhor “Felão”. 
Músico profissional, percussionista, ama a noite e adora tocar violão em bares,  festas e rodas de amigos. Seu repertório vai de Belchior a James Taylor (naquele inglês), passando por alguns nomes da MPB. É um “show”. Não fala de trabalho, de bolsa de valores, de escritório ou de qualquer outro assunto que possa remetê-lo a responsabilidades laborais. Odeia a rotina, freqüenta todos os ambientes, independente das exigências sociais. “Bom Vivant”, extrovertido e irreverente, sua presença é requisitada e disputada pelas rodas de amigos, a quem consegue proporcionar momentos de descontração. Para os donos de estabelecimentos comerciais ele é “chama freguês”.  “Se  está presente logo aparecem, médicos, bancários, engenheiros, profissionais liberais para ouvir suas “tiradas”.  Alguns comerciantes dizem que oferecer uma bebida de graça para ele é questão de marketing, está no orçamento.  Montado em sua pick-up F-75, moto Teneré 600 ou  jeep Troller; raramente passa sem ser notado. “Fui seu amigo de curtição, cuidei dos seus filhos na madrugada e agora aconselho seus netos a se cuidarem nas baladas”- disse Felão a um amigo.  “Quando forem fazer um cartão postal de Epitácio, coloquem minha foto. Assim facilita saber de qual cidade se trata”- solicita ele, em tom jocoso.
Fala das estradas e regiões brasileiras como se falasse das ruas do bairro onde reside. Amigos o convidam para viajar, para praia, montanhas, chapadas e capitais, tudo sem pagar um tostão. Na bagagem ele leva o bom humor, as piadas de improviso, o violão e os chocalhos para percussão.  Ele se sente  adolescente  e , chegando aos 60, reclama dos prefeitos da cidade: “eles  não fazem nada prá nós, que somos jovens”. As vezes “agenda” mais de um compromisso para os mesmos dias e horários. Quem passar primeiro, o leva e nem precisa dizer para onde. Ele topa qualquer coisa. “O que não posso é ficar aí parado com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar” – diz, plagiando  Raul Seixas.
Acometido por uma doença renal que o levou a passar por sessões de hemodiálise, três vezes por semana, resolveu criar a APRPER --Associação dos Pacientes de Presidente Epitácio e Região--, com vistas a minimizar o trauma de doentes renais crônicos. Antes já presidia a APA-RECA --Associação de Preservação Ambiental da Reserva Ecológica do Córrego da Anta. Felão não para.  Ele não desiste. Planta árvores na orla, nas barrancas e margens de córregos e nascentes. Briga com o poder público pela instalação de uma sala de hemodiálise na Santa Casa de Epitácio, faz política por que é um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores no município. Ainda sobra tempo para bater papo com os amigos no “senadinho” da Banca da Praça.

Censo 2010


Só Epitácio tem aglomerados 
subnormais na microrregião

Fepasa, ou Chácaras do Nelson
De acordo com o Censo 2010, 11,4 milhões de brasileiros (6,0%) vivem em aglomerados subnormais. No ano passado o país possuía 6.329 aglomerados subnormais (assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros) em 323 dos 5.565 municípios brasileiros. Eles concentravam 6,0% da população brasileira (11.425.644 pessoas), distribuídos em 3.224.529 domicílios particulares ocupados (5,6% do total). Vinte regiões metropolitanas concentravam 88,6% desses domicílios, e quase metade (49,8%) dos domicílios de aglomerados estavam na Região Sudeste.Na microrregião, entre os onze municípios, somente Presidente Epitácio aparece com registro de aglomerados subnormais: FEPASA e do "Casquinha". Na cidade, dos 13.281 domicílios, 104 eram aglomerados subnormais, com 357 moradores, sendo 184 homens e 173 mulheres. A média era de 3,4 de moradores por imóvel deste tipo.O aglomerado mais populoso era FEPASA, com 183 moradores. O aglomerado do Casquinha contava com 174 moradores.
No caso da vila do "Casquinha", o governo federal do PT, repassou recursos para a construção de casas que serão entregues aos moradores daquele lugar.
Entenda
Os aglomerados subnormais frequentemente ocupam áreas menos propícias à urbanização, como encostas íngremes no Rio de Janeiro, áreas de praia em Fortaleza, vales profundos em Maceió (localmente conhecidos como grotas), baixadas permanentemente inundadas em Macapá, manguezais em Cubatão, igarapés e encostas em Manaus.