segunda-feira, 9 de abril de 2012

Confapesque 2012

Desemprego


A difícil reabertura do frigorífico
Legião de desempregados, quando da demissão pela JBS
Há duas semanas, o prefeito de Presidente Epitácio José Antônio Furlan (PR), participou de reunião sobre o programa Promef Hidrovias, da Transpetro, cujo objetivo é tornar o etanol brasileiro mais competitivo nos mercados interno e externo. A IGC – InformeGuiComunicação -,  já havia alertado para isso, em vídeo postado na internet (http://www.youtube.com/watch?v=g8tukekzwhc), sobre o Promef Hidrovias e material publicado na Revista Radar, de Presidente Venceslau. O que tem isso a ver com a reabertura ou abertura, com outra Razão Social, do frigorífico de Epitácio?
Ocorre que os prefeitos dos municípios envolvidos no Promef Hidrovias terão de estimular o plantio de cana-de-açúcar, visando o pleno funcionamento das usinas e o consequente aumento de arrecadação. Epitácio, mais ainda, porque aqui será instalado um coletor de etanol que deve receber o combustível produzido entre as UHEs “Souza Dias” e “Sérgio Motta”. Isso é ótimo para o município, mas reduz as chances, sem fechar questão, quanto a reabertura do frigorífico, alijando nossa mão de obra qualificada no setor de carnes.
O Transporte escolar deixou de ir até a fazenda São Judas da Jacutinga, (1.300 alqueires), já arrendada para o plantio de cana. Antes, nos tempos áureos, invernavam-se ali, mais 5.000 bois/ano. Os irmãos Luizari, vizinhos fronteiriços, pecuaristas tradicionalistas, ex-donos de frigoríficos (União e Luizari), também arrendaram suas terras para o plantio de cana-de-açúcar.  Hoje, uma propriedade rural de 500 alqueires destinada a pecuária de corte, não compete, economicamente, com sua igual em dimensão de terras, arrendada para plantio de cana. A rentabilidade da cana é significativamente superior.  O preço do arrendamento, para canaviais, no estado de São Paulo, gira em torno de três salários mínimos por alqueire ao ano. Em uma área de 500 alqueires, por exemplo, o proprietário receberá, em média R$ 900.000,00/ano ou R$ 75.000,00/mês. 
Pesquisando noticiários de regiões onde a cana já está consolidada, percebe-se outro modelo de negócio: a produção da cana em parceria com as usinas. Se o arrendamento já é lucrativo, a produção da cana pelos produtores em parceria com as usinas pode render o dobro do que é pago pelo arrendamento.