Divisor de Águas
Quando a Oposição virou o jogo
*Gui Duque
Para nos situarmos em espaço e tempo: Presidente
Epitácio, vamos focar as duas últimas gestões da família Bergamo (1997/2000 *
2001/2004), nas quais o prefeito eleito e reeleito, foi Adhemar Dassie. Numa câmara de 15 cadeiras, a Oposição elegeu
cinco vereadores em cada legislatura correspondentes aos mandatos executivos
em tela. Na primeira gestão de Dassie, os vereadores de Oposição
eram: Alda Catarina Garcia Schineidewind , Daniel Sebastião da Silva e Moisés
Sebastião da Silva, Olivia Helena Avalone Pires e Amilton Martins, que substituiu
a professora Dilse do Amaral Freire, que teve seu mandato cassado. Na segunda
gestão, a Oposição contava com o mesmo número de vereadores; eram eles: Antônio
Quirino da Costa, Daniel Sebastião da Silva, Vitalino Antonio Bosso Cabanilha,
José Rodrigues (Bataguassu) e Deusdedith Alves.
Capitulo à parte
Entendemos que a disputa eleitoral da época passava pelos
interesses da Cesp.
Durante os oito anos que Dassie ocupou o cargo de
prefeito, a Cesp derramou milhões de reais no município (obras compensatórias, mitigatórias
e indenizações), por conta do impacto provocado pelo enchimento do reservatório
da UHE “Sérgio Motta”, a hidrelétrica ou usina de Primavera. Foi a época de ouro de Presidente Epitácio e
que, do meu ponto de vista, enriqueceu meia dúzia de pessoas em detrimento de
ilhéus e ribeirinhos. Eles, realmente impactados, receberam indenizações “mixurucas” e outros, até hoje,nada receberam.
Regimento
Para fiscalizar supostos desmandos, luxurias e farras pagos
com dinheiro público (Cesp/Prefeitura), a Oposição precisava instaurar CPIs -
Comissões Parlamentares de Inquérito - muito comuns na época. O Regimento Interno da Câmara epitaciana diz
que para protocolar o pedido de CPI são necessárias assinaturas de cinco (5)
vereadores. Isso a Oposição tinha. Mas para aprovar o tal pedido e realizar a
investigação, eram necessárias assinaturas da maioria simples (50% + 1), ou oito(8)
assinaturas. Por fim, para cassar o mandato do investigado (prefeito ou
vereador) eram necessárias assinaturas de 2/3 dos vereadores, ou dez (10) assinaturas. Era impossível investigar qualquer atitude suspeita.
Divisor de Águas
Pois bem, vamos discorrer sobre o ponto que culminou com a derrota da família Bergamo
nas eleições de 2000. Aconselhado por
amigos, Sidnei Caio da Silva Junqueira , o “Picucha”, então vereador pela
Situação, decidiu passar para o lado da Oposição, tendo em vista que o grupo político
do qual fazia parte estava em decadência. Veja agora o importante papel de “Picucha”.
Ele e mais cinco (5) vereadores da Oposição (agora 6), assinaram o pedido de CPI para
investigar empresa de dedetização contratada pela Prefeitura para prestar
serviços em escolas e em outros próprios municipais.
Estrategicamente, a mesma conversa sobre a decadência e o
fim da oligarquia Bergamo, foi feita com os vereadores Carlos Roberto Martins (Robertão)
e Frank celestino de Oliveira (Frank Bala), da base da Cesp e que votavam com a
Situação. Eles vieram para a Oposição e, com oito assinaturas, (50 %+1),
estaria aprovada a CPI da Dedetização, em 2003.
Agora, com oito vereadores, a Oposição poderia abrir
qualquer gaveta da prefeitura, ainda que não pudesse cassar o prefeito, o que só
seria possível com dez vereadores. Mas ficaria sabendo de tudo que lhes interessasse
e poderia fiscalizar melhor as ações do Executivo, que é obrigação do
Legislativo. Fechando: em 2004, José Antônio Furlan (PR), vence as eleições
para prefeito pondo fim a era Bergamo. Em 2008 reelege-se. Mas não foi só a CPI da Dedetização que fez “murchar” o poderio da família Bergamo. Esta é apenas uma das muitas investidas da Oposição que na época contava com importantes parceiros.
Época boa...
ResponderExcluirPICUCHA MUDA DE LADO PORQUE SABIA Q A TETA DOS BERGAMOS TAVA MURCHANDO!!!!!!
ResponderExcluirO POVO NÃO É MAIS BOBO!!