Ferrovia
Pressa, dinheiro, emprego e
viabilidade
A Estrada de Ferro Sorocabana
foi feita para desenvolvimento de região e não para transporte de grãos. Seu
traçado sinuoso torna o transporte de carga moroso, custoso além de que, por
vários motivos, não atenderia demanda de escoamento de safra.
Lá pelo ano de 2002, pelo
jornal “Correio do Porto,” entrevistei
um ferroviário aposentado, Sr. Ludovico Spiguel, que nos alertou quanto á
inviabilidade da ferrovia. Na época, ele observou que “o mundo tem pressa e
fome”. Disse que antigamente, se transportava madeira, gado e passageiros. Melhoramos
o raciocínio do Sr. Spiguel. Com o surgimento da agricultura comercial,
iniciou-se o transporte de grãos como trigo e soja que chegavam ao Pres.
Epitácio por vias fluviais. Naquele tempo não existiam estradas duplicadas
(quatro pistas), a capacidade de carga dos poucos caminhões eram para, no
máximo, 18 toneladas. Com o sucesso da soja, a área de cultivo foi ampliada, as
fazendas construíram silos e armazéns. Surgiram carretas graneleiras, as
estradas melhoraram. Depois, vieram a internet, os containeres e os bi-trens. Produtores se conectaram ao mundo
e as bolsas de valores em tempo real. Hoje eles têm escritórios, com ar
condicionado e outros confortos, dentro da propriedade. Via internet contratam,
no mundo todo, negócios, transportes, (caminhões e navios), de acordo com o
volume daquilo que pretendem vender.
A frota brasileira de
caminhões emprega muita gente em seus vários seguimentos. Desde a fabricação de
peças, pneus, parte elétrica até a manutenção em cidades e na beira das
estradas.
É inviável usar a ferrovia no
transporte de grãos, principalmente cereais de exportação.
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