sexta-feira, 23 de setembro de 2011




Farol da Euforia

                                                                                




Com a construção do Farol de Navegação, Presidente Epitácio deverá entrar para o Guisness Book, o livro dos recordes, como a cidade que construiu a maior obra inútil do planeta, quiçá, do universo. Argumentar que a construção de um Farol de Navegação é bom para o município seria tratar as pessoas como burras; subestimar a inteligência da população. Que venham a público defender a “brilhante idéia”; tragam seus secretários acadêmicos e pós-graduados. O farol da barra, em Fortaleza – CE, o Farol do Porto, em Portugal, têm história, são seculares. O que falar do farol de Epitácio? Tem gente que não toma laxante com receio de que a cabeça venha a murchar. Aposto que até o “oleiro”(secretário municipal de Obras), já ouviu falar em georreferenciamento. Afinal, a prefeitura gastou uma fortuna (Recursos do Governo Federal), para georreferenciar o município. Sabemos como foram feitas a escolha da empresa contratada, a execução do serviço e até os pagamentos.
A euforia pela construção do farol de navegação, na orla fluvial da estância, representa a decisão de jogar R$ 3.500.000,00, dinheiro do povo, nos “ralos”, incluindo-se o da corrupção. Se erradicar um pé-de-cedro cinqüentão é crime (eles mataram a árvore), o que seria desperdiçar uma fortuna para edificar um “elefante branco” á beira do lago em detrimento de tantas prioridades sociais. Educação, Saúde, Moradia e Emprego são apenas algumas das áreas às quais esse dinheiro poderia ser destinado. Só para ilustrar, quantos dependentes químicos poderiam ser tratados com R$ 3.500.000,00? Quantas árvores poderiam ser plantadas? A única equação que não queremos efetuar é esta: 15% de 3.500.000,00 = 525.000,00. A conta é feita por empreiteiros e servidores públicos.
O Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias – DADE -, autarquia do governo de SP, deve ponderar sobre jogar dinheiro público “água abaixo”. Existem, no município, tantas outras situações turísticas que atreladas á ações sociais poderiam ser contempladas com esse dinheiro. Mas, ao que parece, a preferência por jogar dinheiro do povo no lixo para beneficiar meia dúzia de abastados deve prevalecer. Com isso, a indignação popular deverá ser expressa nas eleições do ano que vem.


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